domingo, 21 de julho de 2013

Operação felicidade...a nossa claro.

















 O Semanário Sol publicou no ano de 2012, os pensamentos de uma Enfermeira Australiana chamada Bronnie Ware sobre aspectos da vida, ou reformulando, sobre aspectos de uma não vida.
Calculo, enquanto cidadã que desconheço o mundo dos Cuidados Paliativos (e aproveito desde já para enaltecer o trabalho de todas os profissionais que nessa área trabalham), que não deve ser pleno de olhar e que as maiores e infelizes lições são dadas nesses locais.
Por isso, a Enfermeira decidiu gritar ao mundo aquilo que lhe foi dito ao longo do tempo, ou pelo menos, aquilo que a mesma registou como sendo a mais relevante de todas: arrependimentos.
São eles:

- "Quem me dera ter tido a coragem de viver de acordo com as minhas convicções e não de acordo com as expectativas dos outros"

- "Quem me dera não ter trabalhado tanto."

"Quem me dera ter tido coragem de expressar os meus sentimentos."

"Quem me dera ter mantido contacto com os meus amigos." 

- " Quem me dera ter-me permitido ser feliz."

 Ainda que nos possamos rever neles, de quando em vez ou quando seja, não é de todo fácil colocar em prática. Mas é possível.
Vivemos em tempos que existem mais modas que árvores, mais vícios que pinturas a óleo e menos espírito open-mind que as barragens do Alentejo em tempos de seca. Estou dentro desse ciclo vicioso, estamos todos ou não estivéssemos nós no planeta Terra. Mas, então se uma boa fatia da população nos diz, com pouco em mais força, com mais ou menos vontade, dos arrependimentos que, por sua vez são comuns, porque não construímos e refazemos o nosso caminho à medida desses arrependimentos? Apenas prevenir que os tais arrependimentos sejam menos, ou com menos intensidade.
O 1º passo será o conhecimento securizante de nós próprios, nem que para tal tenhamos que experimentar botas pretas antes de calçar sandálias (como eu muito bem já fiz há alguns anos). Depois disso, aceitamo-nos como somos (ainda que possa demorar tempo),e  tudo o resto vem por acréscimo.
Se querem rastas coloquem-nas, senão ficam à mercê daquilo que os outros acham como mais adequado e melhor para vocês.
Se uma mulher quer ser Freira e prosseguir o caminho de Deus enclausurada num convento, que siga. Mas atenção, siga depois da certeza. E caso não a haja, por onde entrou poderá sempre sair. Pessoalmente e, relativamente a este último caso, acho uma ideia profunda e demasiado distante do mundo. Sozinhos somos pouco, somos menos e mais tristes. Mas atenção, esta é a minha opinião. E se a senhora achar que não? Talvez eu até possa estar redondamente enganada. Quiçá? Ainda assim, se a senhora assim for feliz então será esse o caminho que deverá escolher sem olhar para trás.
Não andava nua numa tribo, isso não. E daí? E se uma família achar que é através do corpo, na sua forma mais natural e embrionária que obtém a energia positiva da família? Que seja, claro.
Haveria muito para contar, mas fica a deixa para a reflexão.

Penso eu, ser este o primeiro passo para a operação felicidade. Para a nossa felicidade, que a do mundo virá por acréscimo. E digam lá, que era do nosso mundo sem heterogeneidade? Aborrecido com toda a certeza!

http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=40612


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