segunda-feira, 2 de maio de 2011

(A)Normalidades. Se é que existem.




Normal, surge porventura, da palavra oriunda do latim Norma. Esta tem como principal significado, " medida, linha de orientação, regra, prescrição", destinando-se fundamentalmente, segundo Schappetter, C. (2005), à criação e manutenção de estruturas sociais. Pelo que se sabe, é a norma um meio de conduta para a protecção do Homem na sociedade, ou pelo menos era esse o objectivo.
Na minha opinião, é um objectivo maioritariamente falhado, pois não fossem determinadas normas que prejudicassem a qualidade de vida de muitos, ou diria melhor, impedissem directamente a viver.
Por isso, questiono eu: O que é ser normal? Será definitivamente os comportamentos e atitudes comuns, de pessoas homogeneamente comuns que definem a normalidade? Ou será o que é imposto duro e puro pela sociedade global, sem questionarem atentamente o indivíduo único, e sem qualquer semelhança?
Se as respostas a estas perguntas forem, inevitavelmente um sim, eu atrevo-me a dizer que o individuo "anormal", é aquele cuja consciência e controlo se encontra embalsemada.
Diria eu, pequena criatura deste mundo, que discordo totalmente. A sociedade não aceita pessoas diferentes, mas é essa escassa aceitação (ou nula),que corrói progressivamente a linha de consciência de cada um de nós, e gostaria de transmitir sobretudo, que normal e anormal não tem definições exactas, pelo que eu sou aquilo que quero ser, mesmo dentro das normas, e não aquilo que é normal ser, nunca o sendo verdadeiramente.

Citando uma pessoa singular, (e não normal), "Tenho o privilégio de ser quem sou, e não a ilusão de quem poderia ser." O meu muito obrigado pela aprendizagem :)

Margarida Casimiro