segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Uma verdadeira luta!


Hoje reflecti.
Como em todas as 2ºs feiras, cheguei a Lisboa super entusiasmada para mais um dia de aulas, reencontrar os colegas novos, ouvir novos professores e, com toda a certeza ouvir uma outra matéria.
Apesar de tudo isso, e como se o relógio tivesse decidido fazer uma pausa ou um intervalo, cheguei ao local cedo, aliás muito cedo.
Como sempre, sentei-me num espaço de entrada no piso superior, a observar por entre as grandes e iluminadas janelas, a vista sobre a cidade. A uma velocidade apressada, os carros passavam o sinal verde, bem como também apressadamente paravam logo de seguida no sinal vermelho, e assim sucessivamente. Depois, ainda olhei cada pessoa, os sorrisos, a tristeza, a felicidade, a frustração, entre outros tantos sentimentos e estados emocionais, que nem palavras conseguem caracterizar.
Depois disso, continuei a minha jornada de observação, que tão depressa como o movimento extensivo dos automoveis, se transformou em reflexão, surgindo questões como:
O que faria eu ali, naquele lugar, numa cidade em que nunca antes quereria ter estado?
Tantos sonhos, tanto luta, tantas noites de estudo, tanto amor pela profissão, para no final de contas, estar sem "tecto" para os colocar em prática?
Valeria a pena continuar a investir mais na minha carreira profissional? Até quando? Será, pensava eu, que algum dia, alguém irá dar valor ao amor que sinto pelo meu trabalho? Não sei, talvez sim, talvez não.
Hora de aula, eis que era altura de retirar todos estes assuntos viciosos da minha mente, pois felizmente, ainda os consigo controlar!
Sim, sem grande esforço controlei. A cada minuto que passava e escrevia tudo o que o Prof ensinava, eu ía sorrindo or dentro. Aos poucos, como se o meu corpo pudesse abraçar-se a ele próprio, ele parecia abraçar, como se o meu coração pudesse sorrir, ele parecia sorrir.
A aula terminou, e mais do que motivada e tranquila, eu saí feliz! Confirmei naquele exacto momento que o caminho escolhido tinha sido o correcto.
Agora, mais do que tudo é preciso crescer profisionalmente, para o dia em que for solicitada encontrar-me à altura do que me for oferecido. Sim, porque eu acredito que serei.
Amo o que estudo, e vou amar ainda mais o que, um dia (que espero não estar muito longe) irei fazer!

E por isso, meu querido pessimismo, vou continuar a lutar e a acreditar no sonho, e no dia em que voltares a teimar sobre mim, vou olhar para o sol e percorrer o seu caminho. Pode ser, quem sabe, que ele me dê alguma luz.