terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Alentejo.

Terra de encantos, contornada por cores de cal branca e conjugada, numa linha ténue e subtil azul, da cor do céu.
Por alguns (ainda poucos) anos da minha vida, perguntava-me onde era o paraíso.Imaginava-o explêndido, brilhante e com uma extenuante manta de harmonia, onde não tinha fim qualquer sentimento de êxtase...
Um dia acordei, abri a janela, construída por madeira pintada de fresco, e pensei :"Vivi todos estes anos no paraíso e nunca me tinha apercebido!"

É maravilhoso ser Alentejano.
Não conheço lugar algum em todo o mundo que, construa totalmente uma união entre os pormenores mais belos da natureza, o sol que te ilumina, o céu azul que te embala, a terra que te cria, e o verde milho que dá a todo este quadro tamanha e gigantesca arte.

Alentejo, é um quadro artístico povoado de cultura, tradições e, ferozmente feliz.
Bate à porta de alguém e, para além de um magnifico copo de vinho com um pão e um queijo, é bastante provável que te devolvam dois dedos de conversa com um toque mistico de humildade.

ALENTEJO.
Terra de sempre, em que cada caminho se cruza, em modo de loucura, num sol resplandecente.
Vem conhecer, e não te arrependerás! :)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Olhando o limiar...


Há o querer e o não querer,
o desejar e o não ter,
o amor e o não amor,
Há uma vida..e não a há.


Afinal de contas, o que é importante nesta vida?
Para mim, que tenho tantos sonhos, é tudo e tanta coisa.
Para ti? Sim talvez seja aquilo sobre o qual falámos e discutimos de manha, no banco do autocarro a caminho da escola.
Para ele? Ah sim!! Uma outra questão, também não menos importante.

Mas quer dizer, é tanto e tanta coisa, porque sois vós tão diferentes uns dos outros, que não se permite comparações.
Ok ninguém diz que têm de ser todos iguais...nem uma pessoa consegue, por vezes, ser igual a ela própria. (lá isso é verdade - penso eu para com os meus botões)!

Mas a questão aqui, centra-se num só palavra: AMOR.

Não ache que alguém viva sem tal sentimento, prisão, alegria, felicidade, angústia, e todos os outros adjectivos que eu poderia caracterizar sem fim.

Agora perguntam-me: "Mas há pessoas, que por adversidades da vida, crescerem e viveram sem amor...e no entanto são felizes!" Sim, mas a falta, o vazio, a tristeza,e a tentativa fugaz de procurar o que há muito se foi, permanece.
Este sentimento, mais que a ausência de amor, mais que qualquer outro tipo de solidão, fica intacto.

"Eu não me canso de procurar o amor. Será que vou encontrar?" - perguntam-me.

Ao que eu respondo: "Não sou mais que ninguém para te dizer, mas o amor encontra-se, basta quereres que a minha existência, que a minha presença, seja o teu amor, tão teu, tão meu e tão nosso. Não te podes esquecer, que até um bebé sente a falta de amor, pelo que responde a chorar. Por outro lado quando sente amor, não chora mas sorri, sem que para isso, a mãe tenha que lhe dirigir palavras.
Aliás, é bem mais importante, e significativo responderes através do teu corpo, pois será muito mais verdadeiro e harmonioso. "

São óbvias as razões para que te percas no caminho? Podem ser, mas são ainda mais óbvias para que, aquando da entrada no limiar, escutes a mensagem e a recebas de olhos fechados.
M.C.

Imagem: Pintura René Magritte