segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Obrigada equipa maravilha!



Quanto mais os dias passam, mais eu me recordo de vocês!
Lamechas? Humildade? Saudade? Não sei bem como e se se caracteriza.
Agora, que uma coisa fique muito bem definida: eu nunca esqueço quem me fez bem e muito menos quem, algum dia, num local qualquer, me ensinou algo.
Afinal, seremos sempre parte do que nos foi dado, e por isso eu retribuo, como espero sempre fazer.

E como estamos em crise, é com este simples texto que vos agradeço, aguentem-se!!! =D

Beijinho muito grande às duas, e mais um para o Carlitos!!

"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."   in o Principezinho

Depressão ou Tristeza?






"Os portugueses sofrem cada vez mais desta doença. É impossível ignorar os sinais." 

Fico sempre um pouco preocupada aquando das leituras acerca do tema Depressão, principalmente quando existe nela o facilitismo por parte dos media na condensação e transmissão de toda a informação que, por si só, arranca toda a atenção dos leitores. 

São esses leitores, onde eu me incluo, que recebem diariamente noticias nada positivas acerca do estado actual do nosso país, da forma como os nossos elementos do governo têm vindo a gerir há anos o nosso dinheiro, da crescente necessidade de pedir ajuda para comer de tantos portugueses, das inúmeras famílias desempregadas, do aumento da criminalidade, do aumento do número de homicídios/suicídios, e agora eu questiono? 
Quem é incapaz de ficar triste perante esta situação?
Aí, calculo que os portugueses sofram cada vez mais de tristeza e estados depressivos, e que os sinais são óbvios. Agora, é necessário talvez reeducar as palavras, porque entre a tristeza e a depressão existe um longo e demorado caminho a percorrer. 
Não digo com esta fundamentação que a doença não se encontra presente nos nossos vizinhos, porque se encontra. Não digo também, que a doença não está a aumentar, porque está.
Digo sim, que precisamos saber muito claramente a sua diferença, desde a atitude profiláctica até ao primeiro passo do tratamento, ainda que tenhamos um caminho de descoberta para fazer acerca de todas dificuldades. 
Enquanto cidadã apta para desenvolver tristeza, e sem saber as entre-linhas de todo  ténue patamar, cabe a nós jovens, adaptar-mo-nos e readaptar-mo-nos a este novo mundo e tentar, com a máxima qualidade possível viver com ele.
Pois mesmo que não queiramos, não existe outro planeta Terra (ou pelo menos nós achamos que não), onde seja possível estar e realizar histórias de vida, que podem passar pela tristeza ou pela Depressão. 
Saber distingui-las será talvez, um dos truques.

M.C

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Infância, fazes-me falta!




Eis a questão:

Servirá a infância de referência à história da nossa vida?
Eu até julgava que sim, mas visto não ter perante mim tudo o que dela fez parte surgiram-me claras dúvidas.
E com elas continuo, mesmo que de quando em vez me queira esquecer não me é permitido, até porque não há nada que o coração não lembre, que a memória queira esquecer.
Agora questiono, novamente "Se não existe agora, será que algum dia existiu?"

Só espero um dia saber todas as respostas.
Caso não saiba, então não havia mesmo nada para perguntar.
E sendo assim, então tudo não passou de uma criança com vontade de brincadeiras felizes.
E agora? Tudo não passa de uma pessoa adulta com vontade de ser criança outra vez!
Afinal, é nesse caminho e nesse momento de vida que as crianças têm de perto os seus heróis, pois eles com o passar do tempo vão deixando de existir. Eu pelo menos, não os tenho visto.

M.C.








sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A minha 6º feira fria nas "Lisboas" que eu conheço!




As horas transformam-se sem sequer termos o tempo necessário de assimilar essa mudança. Foi assim o meu dia. Foi assim que, após horas dedicadas aos meus queridos relatórios (que passaram a voar), eu dei por mim a perceber que o dia tinha mudado.
E mudou mesmo. E não, não foi apenas o frio que se fez sentir na capital, foi tudo o que não deveria ter surgido (pelo menos não tudo de imediato).
Fui trabalhar com aquele sorriso que não consigo largar, diria até, com aquela minha "arma", nesta que tem sido uma batalha sem facilidades alheias. Também sei, que degusto todo o prato final com muito requinte (é assim que dizem alguns Chefs quando apresentam uma ementa rica em proteínas), ou pelo menos assim eu espero.
E mais uma vez, ao falar de trabalho me perdi, ou será que não?
Não, não me perdi em lado algum. Sei onde estava: inicio de noite fria em Lisboa!
Não, também não era este o caminho de pensamento que estava a construir. Onde eu queria chegar mesmo era: Inicio de noite muito fria nas Lisboas que eu conheço e que ainda são algumas.
Diria até que existem (quase) tantas Lisboas quanto as minhas claras preocupações, pois foi assim  que fiquei quando, mais uma vez, perdi o comboio e tive mesmo de esperar que o próximo chegasse.
Foi sensivelmente 1 hora e 25 minutos de espera. Estava frio, tanto frio que de repente me foi possível esquecer dele quando o meu telemóvel recebe uma chamada. Pudesse eu retrocedê-la, não teria atendido.
Mas esta tudo bem, quando tudo acaba bem.
É assim que eu penso a grande maioria das vezes, mas como esta noite de 6º feira não entrou para esses dados, hoje eu não pensei assim.
Hoje eu senti-me triste!
Triste sim, porque estava frio e nem o casaco me aquecia....
Triste porque gostaria de estar ao lado dos meus quando eles bem precisam...
Triste porque sinto falta de alguém que está longe e que não deve ter avião para voltar....
Triste porque também eu tenho direito a estar triste!
E foi mesmo assim que entrei no comboio, onde 10 minutos depois estava a sair da estação do Rossio.
E mais uma vez, o meu dia mudou!
Caminhava eu quando em deparei com dezenas de sem-abrigos (aqueles que não vemos todos os dias), a serem aconchegados de alimentos e carinhos por parte de pessoas que têm aqueles corações bem grandes, sabem? Os voluntários!
E quanto mais caminhava, mais sem-abrigos eu via.
E mesmo a chegar, olhei aquele que todos os dias pela manhã eu vejo, o sem-abrigo das portas do cinema de São Jorge. Olhei outra vez, escutei a entoação doce da sua voz e de imediato pensei:
" A minha vida é um sonho. Mesmo aqui ao lado eu vou dormir quantinha e mesmo assim não consigo ter a voz tão doce como a daquele senhor"....