sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Malala Yousafzaï


Não há muitas Malalas de 16 anos no Mundo.
Aliás, é a única que Malala que conheço.
Pensei um pouco antes de redigir esta crónica, pois assuntos destes não se encontram propriamente interligados às questões rotineiras e incómodas que lemos e vemos todos os dias, é um pouco mais. Quer dizer, muitíssimo mais.
E começo por onde? Começo mesmo pela idade: 16. Lembro-me que com esta idade, além de estudar, namoriscava e quebrava as regras que me eram impostas de modo convictamente rebelde (algo natural e saudável para o estadio de vida em questão, claro).
Se percebemos bem Malala, que na teoria é também ela uma adolescente convicta e rebelde, tem caminhado pelas suas ideias e convicções mais do que qualquer outra mulher com o dobro da sua idade e, é por esse motivo que, na prática supera a sua adolescência e transpõe já e de imediato para a grande mulher que é. Que tem sido e que será, assim o espero.
Tentei uma única vez integrar o seu papel e, vestir a sua pele já magoada de atentados horrorosos e estranhamente culturais, e foi difícil.
Afinal, Malala Yousafzaï sobreviveu a uma bala que se alojou no crânio e a tantos outros desumanos atentados e, ainda assim por cá contínua a lutar por aquilo que acha ser o correto: o direito de todas as crianças e mulheres terem acesso à educação.
Sabemos que continuará sempre a correr grandes riscos de vida, mas sabemos também que temos perante nós e todo o mundo um ser humano com uma força tal, capaz de caminhar sobre as pedras mais duras e significativas até chegar onde o Homem quiser.
 “Um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução. Educação primeiro." É assim que se refere àquilo que tantos outros povos têm no seu meio e desprezam e, é enquanto luta (esperando ou não que num certo dia lhe atirem ácido à cara, como já referiu), que vai continuando o seu percurso, que nada é mais do que, uma vida cheia de valores e....educação, ainda que por ela procure.
É por este motivo, por esta Malala que acredito que não é preciso a existência de um exército para mudar o mundo, mas sim de dois ou três oficiais superiores ou, até quem sabe recrutas m formação.
M.C

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Raças


Lembrei-me de vos mostrar mais um dos grandes livros que entram na minha pequena biblioteca.
Ele há livros! Ele há escritores! Ele há homens! Ele há raças...!
Diz-nos Anabela, personagem de "O ex-futuro padre e a sua pré-viúva" (um dos tantos contos das páginas arraçadas), que o amor é para se desembrulhar em todos as ocasiões, mesmo que a forma de se lhe tirar o embrulho não seja a mais adequada e assertiva. Mesmo que seja até, da forma mais feia.
Digo eu, neste caso, que o amor é complexo, difícil e inutilmente desvalorizado.
Comparo muitas vezes esta peculiar questão às abelhas.
Sim, abelhas porque sem elas não teríamos mel. Estranho? Até parece um texto coberto de lamechice alheia e...mel!! Mas não, é verdade. Então, afinal de contas o mel não tem origem nas abelhas? O óleo do girassol? O papel das árvores? Tudo tem uma origem, ainda que estranha e embrulhada em demasia esteja.
Aliás, presumo eu que tudo tem a sua raça, como o amor que é transmitido de e para os tais homens que o autor nos confidencia. Eu tenho o meu amor, o meu homem que sendo único, tem a sua raça. Tal como eu tenho a minha. E é devido (também) a esse facto que eu defendo a heterogeneidade humana e as suas cores e formas. Não seremos nada sem diferença, sem distintos amores, sem variadas formas de rir, vestir e desembrulhar rebuçados como diz a personagem Anabela.
Eu gosto de raças sim! Gosto de gente quente, alegre, enérgica e feliz (mesmo ainda que a vida não permita).
E não, não é fácil falar. A prática é por vezes muito dura e cruel, mas só através dela conseguimos olhar o mundo e as gentes que nele habitam ou desabitam, (depende de cada caso).
Boa! Boa! Boa! Felizmente não há só luar e, felizmente que que existem autores que nos trazem para a realidade aquilo que nada mais é que outras realidades, que não sendo as nossas agora, poderão sê-las no futuro. Até porque, independentemente das raças todos precisamos de água para beber e um amor para amar.