quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Raças


Lembrei-me de vos mostrar mais um dos grandes livros que entram na minha pequena biblioteca.
Ele há livros! Ele há escritores! Ele há homens! Ele há raças...!
Diz-nos Anabela, personagem de "O ex-futuro padre e a sua pré-viúva" (um dos tantos contos das páginas arraçadas), que o amor é para se desembrulhar em todos as ocasiões, mesmo que a forma de se lhe tirar o embrulho não seja a mais adequada e assertiva. Mesmo que seja até, da forma mais feia.
Digo eu, neste caso, que o amor é complexo, difícil e inutilmente desvalorizado.
Comparo muitas vezes esta peculiar questão às abelhas.
Sim, abelhas porque sem elas não teríamos mel. Estranho? Até parece um texto coberto de lamechice alheia e...mel!! Mas não, é verdade. Então, afinal de contas o mel não tem origem nas abelhas? O óleo do girassol? O papel das árvores? Tudo tem uma origem, ainda que estranha e embrulhada em demasia esteja.
Aliás, presumo eu que tudo tem a sua raça, como o amor que é transmitido de e para os tais homens que o autor nos confidencia. Eu tenho o meu amor, o meu homem que sendo único, tem a sua raça. Tal como eu tenho a minha. E é devido (também) a esse facto que eu defendo a heterogeneidade humana e as suas cores e formas. Não seremos nada sem diferença, sem distintos amores, sem variadas formas de rir, vestir e desembrulhar rebuçados como diz a personagem Anabela.
Eu gosto de raças sim! Gosto de gente quente, alegre, enérgica e feliz (mesmo ainda que a vida não permita).
E não, não é fácil falar. A prática é por vezes muito dura e cruel, mas só através dela conseguimos olhar o mundo e as gentes que nele habitam ou desabitam, (depende de cada caso).
Boa! Boa! Boa! Felizmente não há só luar e, felizmente que que existem autores que nos trazem para a realidade aquilo que nada mais é que outras realidades, que não sendo as nossas agora, poderão sê-las no futuro. Até porque, independentemente das raças todos precisamos de água para beber e um amor para amar.

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