quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"Eu não sei que tenho em Évora, que de Évora me estou lembrando..."

E é ao som de palavras musicais "Meu Alentejo" que a saudade se alimenta. E alimenta-se de tal forma que nem dá pela sede nefasta do coração e de todas as excelentes memórias vividas e revividas durante os 4 anos que permaneci fiel a Évora e a toda a grandeza da Universidade mais bela do país! Não é que não me lembre, mais vezes do que talvez me poderia lembrar, deste nosso pedaço de vida, mas esta semana é especial, por todos os motivos, existentes e não existentes à face de todos os planetas (porque só um é insuficiente). E digo "nosso pedaço de vida" porque a vida universitária assim o foi: a cidade, os Eborenses, os Alentejanos, os não Alentejanos, a tão perspicaz e coberta de sabedoria Sociologia (não fosse ela a principal causadora de um amor), os colegas de curso, os colegas de todos os outros cursos, os amigos das noitadas, os amigos do dia e da noite, a rica e apaixonante Psicomotricidade e .....e?? Talvez se pensar escrever um livro eu poderia contar humildemente este momento tão verdadeiro, tão genial e principalmente tão bem usufruido desta minha vida que uma página só não chegaria a reconhecer aquilo que foi a mais pura felicidade. Sim, porque todas as sensações corporais que neste momento se apoderam de mim não são mais do que a felicidade a gritar bem alto. Ai o quanto eu fui feliz...! E o quanto me é dificil escrever sobre algo que nem o coração autoriza de tanta felicidade que sinto ao pensar que aquela cidade fez e continua a fazer sorrir muitos rostos! E digo a cidade porque, inconscientemente é ela a mais bonita mulher de todo o espirito cantando alegremente peor todas as serenatas académicas (que tantas e tantas vezes assitimos juntos, a chorar pelas futuras e dolorosas despedidas). E foi a pensar nessas mesmas despedidas que vivemos tudo! Tudo, de forma insaciavel, sedentos de vida e cobertos de capas pretas (que tantas histórias tinham para contar ao mundo caso pudessem falar). Eram dias e dias, noites e noites, a estudar e a dançar! A encontrar soluções para um ensino superior de maior qualidade e acessivel para todos, e a encontrar soluções de quais os melhores restaurantes para os grandes e irremediáveis jantares de turma, porventura sempre no dia do Quim Barreiros, pois sabiamos sempre que esse dia terminava no amanhacer na Praça do Giraldo, ou noutro sitio qualquer! Eu chorei, eu ri, eu gritei, eu dançei, eu cantei e eu abracei de alma e coração este caminho que teve, pelo menos, um ou dois sóis (senão mais). Que todos os bichos (feios e nojentos como sempre), e que todos os Srs. Estudantes, Dignissimos, etc e tal vivam tanto ou mais do que nós vivemos! Viva a Universidade de Évora! Viva Évora! E vivam todas as capas pretas, rasgadas e não rasgadas, e quando as traçarem (bem feitinho, já sabem), aproveitem e trilhem também este caminho que é o caminho mais belo de todo o mundo! ...e no meio do Alentejo a felicidade encontra-se aqui, pois afinal "eu não sei que tenho em Évora, que de Évora me estou lembrando" :')

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Males dos Homens!

Vergonhoso, sim é uma verdadeira vergonha quando o homem esquece a morada da sua casa. E é perante esta situação, familiar confesso, que tento encontrar soluções e respostas de algo que nem uma resposta tem (ou merece ter). E afirmo convictamente tanto quanto afirmo que Portugal precise urgentemente de outro rumo. Afirmo! Afirmo que é inconcebivel e antivida um homem ter apagado da sua memória e do seu coração a casa onde foi criado. Mais terrivel ainda, e já que são as pessoas que fazem os lugares, as pessoas que nela lá vivem. A verdade é que, possivelmente serei alvo de criticas (muitas delas pouco ou nada fundamentadas) porque "só quem sabe do convento é quem lá está dentro" e disto que ninguém tenha quaisquer dúvidas! E ainda assim me questionam: "Arriscas ter toda essa posisvel situação constrangedora?" Aceito, porque é uma vergonha, mesmo que não seja para o convento. Para terminar, e porque não me quero alongar sobre esta tamanha e triste situação, o último recurso será Deus para curar o mal dos Homens que não conhecem a rua da sua casa e os pilares que nela permanecem. E mão me venham com histórias que eu sou ou penso ter o valor da palavra, porque não a tendo muitas vezes, tenho-la neste desagradável caminho. Fazendo-me repeitir:"So quem sabe do convento é quem lá está dentro!" Haja "cura" sentimento-coronária para ti, que sempre te amamos apesar de todas as palavras menos verdadeiras.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Era uma vez...Portugalito perdido no Monte!

Hoje o caminho é escuro, muito escuro! Portugal está a transformar-se em Portugalito! Sim! Portugalito para não nomeá-lo com outros terriveis nomes. Mas como sou contra aquele ditado (e ainda mais quando ele se aplica): "Paga o justo pelo Pecador" não quero de nenhum modo denegrir a imagem e o bom nome, pelo menos não mais do que ele já se encontra deste Portugalito que já nem nosso é! Só me questiono sobre o fato de Portugal ter lutado ensanguentado todos os dias nas Grandes Guerras p'lo mundo fora e agora nem de uma dura batalha conseguir levantar-se! Aliás, Portugalito até será capaz de erguer-se e autoafirmar-se perante a aldeia enferrujada (mas de bolsos bem cheios) lá para os lados das Alemãezitas quando o Grande Povo Português decidir não mais seguir regras, não mais seguir normas, não mais ter respeito e bom-senso (porque se esgotou) de tanto ter sido usado, utilizado e abusado! Ainda assim, Portugalito vai caminhando convencido que é o melhor e o mais cumpridor de todas as aldeias e vizinhanças, enquanto não aparecer plos céus soluções e pessoas capazes de estar à frente de uma outra aldeia (aliás, Monte) chamado Governo. Enquanto nesse Monte, o Senhor Feitor continuar a tratar o Gado com água, a dar leite aos cavalos, a dar pedras às galinhas e, aos porcos dar-lhes banho, há-de existir um dia que na porta da sua casa estarão todos os Portugueses a pedir-lhe o pão que lhes tirou, e já agora o gel de banho (do mais caro, por certo) que gastou inutilmente a lavar uma coisa que, por sua natureza se mantém suja (nunca chegando porventura à sujidade negra e irremediável de um cérebro e de um coração ingrato...Curioso? Não, curioso é sim os milhões que se gastam no mundo na construção (muito gabada mas ridicula) de robôs, que nada mais fazem do que substituir os Homens dos seus trabalhos! Curioso é sim, (e muito bem) descobrirem-se mais e mais repostas ao nível de todas as funções cerebrais e, à posteriori, os senhores do Monte nem um conseguirem por em prática, ou estarei eu enganada? Estarão eles a trabalhar assim tanto e nós é que não conseguimos responder às expectativas? Calma, estou a brincar. Se ferir susceptibilidades temos pena! A palavra ainda é um direito nosso e o que fazemos com ela, dentro de todas as normas, também. Agora, meu Portugalito, não peças é para as medirmos, pois já basta a fita que temos de abrir todos os dias e que, já nem as lojas de chineses têm! Mais cérebro dos senhores feitores do Monte, mais coragem e ainda assim, menos acomodismo do nosso grande povo e é o que desejo, senão qualquer dia nem Portugalito nem Português!

domingo, 2 de setembro de 2012

Ser sem Ter

Por eles eu estou aqui, por eles eu consegui e por eles eu estou assim. Mas, também é por eles que estando assim, estou sem eles. Confuso? É para ser, porque de fato o é. Passo a explicar. Já delineei uma vez e sem quaisquer problemas faço mais uma. Eu sou este Ser porque alguém, muito teimoso e insistente acreditou que este Ser não poderia ser mais do que isto, uma menina à procura de um meio lugar ao sol (porque o sol demasiado também queima) de forma a colocar em bom tempo e em momentos arejados o seu tão minimo mas sólido saber. E sim, com um passo hoje e dois amanhã, a "coisa" tem ido ao lugar, e porque é devagar que se vai ao longe, os passos pequenos são os mais importantes, mas também os mais amargos e dificeis de controlar. Mas tudo bem, enquanto seres humanos temos mais é que saber gerir, orientar e comandar todas as nossas sensações e emoções, sem que se quebre a verdadeira e mais realista realidade: Eu sou, porque vocês grandes amigos sempre estiveram lado a lado com este ombro tão carente de risos, cantigas, gargalhadas altas e gigantes dores de cabeça pelas nossas tão duras manhãs. Eu sou, sim! Sou esta fera sedenta de trabalho de futuro e esfomeada de vocês, da vossa tão real e madura amizade. Porque eu sou o agora, porque vocês me permitiram ser. Porque eu sou o agora, porque vocês me incentivaram a ser. Porque eu sou o agora, porque em nenhum dia vocês não deixaram de existir. E por tanto ser, que agora não tenho. Por tanto ser, agora não vos tenho perto. Por tanto ser, agora falho como as notas de mil perante os que me deram milhões. Por isso, Sou sem Ter. Sou feliz sem vos ter, AGORA. Porque amanha eu já sou (ou não) e não quero mais saber de Ser, só Ter! Ter merecido a vossa amizade e ser merecedora do vosso tão rico coração! Tudo isto para vos fazer um pedido de desculpas pela minha tão (curta) ausência. Mais bem ou mais mal eu continuo aqui e igual. Só com a diferença de uns kms e de umas horas desencontradas. E isto dói? Dói pois, mas uma boa noite de cantigas é remédio santo! Afinal, até pode um Homem ser muito mas se não tiver amigos como eu tenho, não tem nada....! : )