terça-feira, 2 de abril de 2013

Inspira-se sol, expira-se ar.



Perco-me na minha própria respiração. Perco-me e não me quero encontrar de tão agradável é a sensação de tranquilidade e paz. Não a tenho todos os dias, nem era normalizado ser de outra forma, mas hoje encontrei. Encontrei-me, ainda que me possa perder amanhã, hoje encontrei-me.

E estes encontros acontecem sempre, quando me apercebo e reflicto nos caminhos que faço, caminhos esses pisados em agradáveis e subtis movimentos. São sempre eles que nos dão a melhor e mais correcta percepção do nosso Eu. E não, não nos são dadas facilidades de busca, temos de investir, percorrer, dar um passo em frente e dois para trás, mas sempre em movimento, connosco, com os outros e com o mundo.
Ainda que precisaremos do amor e do carinho fiel dos que nos rodeiam, é urgente que, façamos consultas de rotinas a nós. Afinal, já éramos nós antes de ser. Já existiam caminhos feitos e rebocados ainda nós estávamos a ser amamentados. Pensando bem sobre este assunto, todos nós precisamos de algum silêncio para sermos quem pensamos ser. Ou mudar, caso nos for dado pelo subconsciente uma palavra reforçada, mas sempre no silêncio e a sós com o nosso corpo (que é tão nosso).
Descobrir através do pensamento e do toque, que existe uma pele.
Sim, a nossa pele. O nosso mundo. As nossas escolhas. Os nossos medos. As nossas fantasias. Os nossos sonhos. O nosso amor (que não cabendo no coração deverá ser repartido), os nosso pés que nos sustentam horas, dias e anos a fio. E sim, os nossos caminhos, que nem sempre conseguimos escolher. Serão os olhos que não vêm ou o tempo cinzento que não permite? Talvez. o último, não sei.
Mas, o ano tem 4 estações e estamos na Primavera.
Agora questiono: se a Primavera deveria ter sempre dias bons e não os tem, porque teremos nós que pesar com dias ruins?
Felizmente, hoje a Primavera deu-nos o seu sol e a sua luz, onde caminhei silenciosamente num movimento tal, que fui obrigada a entender que sou feliz. Faltam-me coisas ainda, muitas coisas aliás.
Tantas quantos os anos de passos que quero dar. Afinal, quando o sol espreita até perdura. Cá o espero, outra vez. : )

M.C

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