sexta-feira, 12 de abril de 2013

E por falar em Caminhos.....





Hoje li mais uma crónica do Psicólogo Eduardo Sá, que de uma forma brilhante tem a capacidade de adquirir um processo terapêutico transparente tal, que nos "acede" às emoções sem nos apercebermos.
Recomendo a sua leitura: http://www.paisefilhos.pt/index.php/opiniao/eduardo-sa/5808-nunca-perguntes-o-caminho, principalmente àquelas pessoas cujo coração é um espaço ligeiro, condensado e aconchegado de generosidade aparente (porque a ternura pode sempre desabrochar numa flor em tempo desajustado, é verdade). Gosto especialmente desta crónica, porque de forma imediata a associei a vários episódios da minha vida:
- O caminho onde aprendi a dar os primeiros passos;
- O caminho que percorro;
- O caminho que gostaria de caminhar confortavelmente, daqui a anos futuros;

Falo-vos, em primeiro lugar do que fui: uma criança como outra qualquer que brincou, brincou muito e que por coincidência ou não, teve a possibilidade e a felicidade de manter as memórias primárias e de longo-prazo intactas! Sim, lembro-me de quase tudo, e pouco me escapa. Fui feliz, tanto quanto sou. Fui feliz, tanto quanto foram mais uns milhões de crianças, agora adultos feitos e com toda a certeza, com milhões de perspectivas diferentes. E ainda bem! Apesar de tudo, o caminho outrora percorrido permanece! Não sou nada de acordo que o que foi é passado, e que o importante é o futuro. Não sou, pois eu não estaria a escrever agora e aqui se não tivesse tido um processo de aprendizagem escolar. E eu não teria um processo de aprendizagem sem que os meus pais cumprissem com o dever de cuidadores. E eles, não cumpririam esse papel se eu não tivesse nascido. Eu sou hoje, porque um dia fui alguma coisa em algum lugar, e espero, acima de tudo, um dia ser pelo menos metade do que fui. E olhem que metade de uma tamanha felicidade já seria inexplicavelmente bom!
Agora, e respeitante apenas ao agora? Parece-me ser este o caminho, mas como diz Eduardo Sá, o melhor mesmo é nunca perguntar-mos qual o melhor, porque assim nunca nos iremos perder!
E olhem que caminhos perdidos são bem difíceis de se (re)verem, pois não há volta no relógio lá de casa.
É seguir em frente, sempre!
Se fica algo para trás? Fica sem dúvida alguma. Mas as verdadeiras barreiras da felicidade, têm por norma capacidade de se auto-focarem. E se elas se mantiverem é porque, certos caminhos não foram bem escolhidos. Ou foram, mas não conseguiram co-habitar neles.
Um ser humano para ser feliz, terá sempre que se resolver primeiro. E se não está resolvido (por motivos óbvios e concretos), ou é porque não quer ou porque não sabe.
Neste ponto de situação, é sempre preferível ser a primeira opção, porque se for a segunda, não conhece o seu caminho, pelo menos o seu primeiro caminho, e os seus primeiros passos.
Na verdade, eu própria estou no caminho certo, faltando-me apenas mais uma companhia para o percorrer, que não a tendo, como é o caso, também não estou resolvida.

E por falar em caminhos, que ao menos o sol vá espreitando de vez em quando e nos dê, a todos nós, energia para suportar a falta de sinalética que poderemos encontrar.
Não esquecer que quanto mais nos permitiremos a perder, mais nos achamos, e porventura, maior amor temos para dar. Quem não dá, irremediavelmente ainda não se perdeu pois ainda não achou o seu caminho.

Dedico especialmente ao Dr. Eduardo Sá, que não sabendo que eu existo, faz parte do leque de profissionais que acompanho em (re)aprendizagens constantes.

M.C




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