domingo, 17 de junho de 2012

Agora o céu terá mais uma estrela..!

Assim como há o inicio, também há o fim. Dois momentos, duas situações e dois inevitaveis contrastes como se todo ele fosse como o céu e a terra, ou melhor dizendo, como os olhos que vêm e o coração que não sente. Mas eu sinto (ou julgo sentir), e reflito como tenho a certeza que o faço. Mas, pensar, sentir e refeltir para quê? Porquê? Como? E no quê? Refletir que nos foi colocado no centro do nosso tão complexo corpo um coração para bombear o sangue oxigenado que nos corre nas veias, e criar de forma progressiva uma interligação psicofisiológica entre este tão importante orgão e o nosso tão confuso e aperfeiçoado cérebro, que é como quem diz: Não esquecer de dar a quem tão nos ama, assim como nao esquecer de amar a quem tão nos deu. E não, isto não é para depois. É para ser enquanto podemos dar, no agora que estamos cá. No presente, ou alguns minutos depois. No amanhã, se tiver de ser, mas logo de manhãzinha. À tarde, se de manhã tivermos obrigações e responsabilidades por cumprir, mas logo pelo inicio da tarde! À noite, caso o dia esteje repleto de situações burocráticas para a vida puder seguir, mas sim, tem de ser logo pela inicio de noite. E se não for possivel nesse dia, nem no outro, ou no outro, a vida dá-nos mais dias e mais horas e mais minutos para puder dar aquilo que qualquer coração precisa para viver, ou melhor para sobreviver: amor. A ti, meu querido avô Casimiro, eu sei que dei, não todos os dias como teria sido melhor dar, mas os dias que me foram possiveis do meu coração transmitir palavras, energias e sentimentos. Sim, porque todos os corações precisam de recuperar energias para dar, através do simples fato que é receber. E não temos muito tempo, porque quanto mais o coração se preocupa em bombear o sangue, menos tempo tem para perceber a qualidade de saude das suas veias. Quanto mais o coração vive para ele, menos vive para os outros. E quanto menos vive para os outros, mais parece estar sozinho. E no final de todo o pecurso, mais tarde ou mais cedo, agora ou daqui por 20 anos, um coração só, irá sempre precisar se quem o ajude a bombear o sangue, para puder viver e, preferencialemente feliz e tranquilo. É uma montanha russa, é verdade. Assim como é o coração também o é o mundo, mas não teria de ser se as pessoas perdem-se um bocadinho de tempo a "tentar" compreender que, quanto menos viverem para os outros, menos viverão para si. Este simples texto é dedicado ao meu avô Casimiro, que mesmo nos últimos instantes me disse sempre:" Trabalha neta que nada cai do céu! Deixa-te lá estar e não desistas que a vida está dificil". E eu aceitei, porque além de meu avô, foi um Homem bom que tudo fez para criar 10 filhos! Agora criados, e que já Deus o acolheu, é hora de deixar mágoas e histórias dentro da gaveta, e fazer jus á sua vida, vivendo o melhor senão mais feliz possivel, COM e PARA TODOS, para que não chegue o fim e o coração fique só. Ana Margarida Pinto Casimiro

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