sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela, o Homem.



Rolihlahla, Tata, Khulu, Dalibhunga, Madiba e Nelson.
Eram estes os seis nomes do Homem que transformou o mundo, ou alguns hectares deles.
1918 foi o ano da data do seu nascimento e ontem, no dia 5 de Dezembro de 2013 a sua alma pediu licença para descansar.
Não é hábito escrever e homenagear todos aqueles, que fizeram algo de muito bom na nossa história, ou pelos seus princípios, ou pelas suas reais atitudes perseverantes, ou mesmo até pelos seus ideais vincadamente livres. Pois não, não homenageio muitos. Presto apenas a minha homenagem, e respeitando todos os outros que pelo mundo também muito fizeram, àqueles cujo carácter me impressionou, em determinado momento da minha vida.
E não muito longe de agora, um desses momentos aconteceu.
Meados de Junho, estava um dia fabuloso onde o sol entrelaçava as grandes árvores da Avenida de Liberdade que, eu fiz questão de percorrer para chegar ao Chiado. Ao contrário de outros dias, o que era suposto fazer resumia-se ao passeio de rua, a olhar montras e afins. Mas, o que é suposto para mim poucas vezes se encaixa. Peguei nesse tal suposto, e ao invés de fazer aquilo que é dito por norma fazer, eu fiz aquilo que bem entendi e, para o qual eu fui chamada.
Entrei nos Armazéns do Chiado, desci a escada rolante que dava à Fnac, e procurei.
Procurei livros que me pudessem dar alguns minutos de boas leituras, onde, entre eles se encontrava aquele que me fez repensar esse dia de sol, o outro e por aí em diante: "Nelson Mandela - Arquivo íntimo". Após algum tempo, e de forma a não ultrapassar os limites do bom senso dos espaços de leitura da Fnac, que como dizia o outro "quem quer, que compre", saí e voltei à realidade.
Realidade esta que, foi inspirada na dor de alguém que lutou para a heterogeneidade das pessoas, e pela aceitação homogénea da cor da pele, assim como pela liberdade, nunca devendo aceitar-se, segundo dizia no mesmo, uma meia liberdade.
Ou temos ou não temos, ainda que deveríamos sempre ter algo que desde a conceção seria (ou deveria) ser nos dada automaticamente, seja isso aquilo que se entenda.
Deixo aqui, como se deixa uma agulha num palheiro, uma mensagem de gratidão e respeito para aquele que nunca sairá do sitio para onde entrou: o coração da humanidade.
Ainda que a raça negra, a raça amarela e a raça branca tenham cores diferentes (e que bonito é um arco-íris), o coração, esse é sempre igual.
Obrigada Grande Madiba!
"Perdoem, mas não esqueçam". Então que perdoemos aqueles que ainda não aceitam a cor, mas não esquecemos então de quem tudo deu por ela.

Descansa em Paz.

M.C

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