Não sou uma verdadeira Benfiquista.
Não tenho o cachecol, não vou aos jogos, não vejo na televisão a maioria deles, e nem grito nas ruas quando ele ganha, é verdade.
Também é verdade que, não fico com irratibilidade facilmente, assim como mantenho a minha capacidade de resiliência bem ajustada no seu espaço próprio
No entanto hoje as minhas capacidades não permitiram esse equilíbrio por 3 razões:
- Educação
- Inteligência
- Crise
Passo a fundamentar:
- Educação porque dela fazem parte atitutes que nos modelaram em algum momento de crescimento na nossa vida que, ainda que possa ser modificada pelo impacto social negativo/positivo a que nos predispomos e aceitamos passivamente, ela pode ou não existir. Por exemplo, faz parte da minha educação, respeitar as leis existentes acerca dos critérios de admissão para um cargo político em Portugal, ainda que não os aceite. Educamente, posso também escrever no "livro de reclamações" sem chamar vaca à funcionária que me atende. Educação é sim, perceber a raça negra é diferente da raça branca e que as duas podem morar no mesmo bairro, assim como o Benfica e o Sporting, que por exemplo, são dois clubes portugueses que disputam os mesmos títulos todos os anos, treinando para eles onde? Em Portugal.
- Inteligência pelo facto de todo e qualquer adepto (e para os menos inteligentes: para os adeptos de todos os clubes de futebol portugueses), não consigar entender que a provocação para o Benfica que aconteceu neste final de Campeonato Europeu é sinónimo de provocação a Portugal. Logo, façam.-me o obséquio de entender que nada mais é do que o Zé Povinho gozar com ele próprio.
- Crise, porque começo a acreditar que os valores éticos e morais andam a ter encontros secretos e intimos com a crise económica, que ao invés de se ir deitar para um quarto bem longe daqui, quer um cada vez mais perto. Os portugueses ao invés de trabalharem um pouco a educação, e a inteligência (caso seja possível), andam a dar lençóis lavados à cama onde se deitam as" Crises". Depois, não vai haver stock para o Zé Povinho pedir emprestado.
Não obstante a esta situação, entristece-me ainda mais perceber que se os Portugueses estão de costas voltadas uns para os outros, então assim é que o Zé Povinho nunca mais irá comprar lençois novos, a não ser claro que os vá pedir ao Chelsea.
Esta foi a primeira crónica que fiz sobre futebol. Gostaria de não escrever mais nenhuma.
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