quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Destas gentes que me orgulho, destas terras que contemplo.
"Vou-me embora, vou partir, mas tenho esperança,
Vou correr o mundo inteiro, quero ir!
Quero ver e conhecer, rosa branca,
A vida do marinheiro, sem dormir!
A vida do marinheiro, branca flor,
Que anda lutando no mar com talento!
Adeus, adeus, minha mãe, adeus, meu amor!
Eu hei-de ir, hei-de voltar com o tempo!"
É ao som desta tão perfeita moda alentejana, que escrevo em linhas cultivadas o orgulho imenso que sinto em ser Alentejana.
E poderiam ser muitas as palavras que exprimissem este lugar, mas nunca chegariam para enaltecer o valor de uma terra cheia de gentes que, batalhou duramente no campo, ao frio, à chuva e ao muito calor que se fazia sentir naqueles campos magnificos que nós vemos nas melhores (e puxando agora a bela da vaidade), senão na melhor fotografia do nosso país. É um facto que se encontra bem explicíto para quem o quiser confirmar e re-confirmar.
Ele é terras cultivadas com tratores barulhentos de tanto trabalho e empenho, ele é milho, ele é girassois, ele é vinhas, oliveiras, festas de verão, gastronomia, artesanato, ele é cultura. E já que falamos em paixões, ele é coberto de gentes serenas e antagónicamente, (in)tranquilas que se juntam com a maior felicidade do mundo para ir ver com olhos cheios de brilho, os homens a pegar aquele animal preto que tanta dá que falar. E, desculpem-me a tamanha sinceridade, as gentes serenas que vão ver tranquilamente uma tourada!
E depois da tourada, vem o convivio, a alegria e o prazer de habitar naquele que deveria ser considerado o lugar mais prazeroso e ambicioso de se viver.
E nada mais acrescento, senão aquilo que para ele todos nós podemos fazer de melhor: orgulho e contemplação, porque mesmo estando porta adentro com este recanto, e mesmo surgindo outros locais e outras gentes, a nossa há-de ser sempre a nossa. Assim como, o nosso Alentejo, há-de ser sempre o nosso Alentejo. Aqui, ou no outro lado do planeta.
Afinal, "vou-me embora, vou partir mas tenho esperança, que de lá nunca eu hei-de descolar os pés", mesmo que muito longe eles se encontrem.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário